segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Apoptose


A apoptose é a morte programada de uma população celular. Difere da morte por necrose por ser silenciosamente caracterizada pelo encarquilhamento do núcleo (picnose), ou sua fragmentação (cariorrexis), alteração da permeabilidade da membrana plasmática a corantes não vitais e vitais, e dissolução citoplasmática lenta, sem os fenômenos abruptos que caracterizam a lise celular. As células exibem movimentos anômalos e a formação de extrusões na superfície.


A morte das células constituintes das membranas interdigitais do embrião humano, a morte das células da cauda de um girino durante a metamorfose são alguns exemplos clássicos de apoptose
Durante a vida pós natal podemos observar que alguns linfócitos duram poucos dias enquanto que outros sobrevivem durante anos. Células absorventes do epitélio intestinal sobrevivem menos de uma semana. Diversas metáforas são utilizadas na explanação do fenômeno, muitas delas com um faccioso enfoque teleológico. É comum chamar-se a apoptose de suicídio da célula em contraposição à morte celular induzida por agentes tóxicos ou pela anoxia. O conceito teleológico de suicídio pressupõe a existência de uma consciência e uma vontade na célula; por isso deve ser cientificamente evitado. Por outro lado tais metáforas, além de serem calcadas na teleologia, pecam por se referirem a indivíduos e não a populações.

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